O ministro da Educação, Fernando Haddad,
 sugeriu nesta terça-feira, 18, em Brasília, durante reunião técnica que
 discute a ampliação da jornada escolar na educação básica e o aumento 
dos dias letivos, que esses temas sejam objeto de audiências públicas na
 Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. De acordo com 
Haddad, é prática do Ministério da Educação ouvir entidades, 
trabalhadores, instituições, movimentos e academia antes de levar o 
debate ao Parlamento.
O ministro lembrou que foi assim com a 
discussão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e 
de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), com o Programa 
Universidade para Todos (ProUni) e com a expansão da educação superior e
 da educação profissional e tecnológica na elaboração do Plano Nacional 
de Educação (PNE) para 2011-2020.
A deputada Fátima Bezerra (PT-RN), que 
faz parte da Comissão de Educação da Câmara, concordou com o debate 
proposto por Haddad e sugeriu um ciclo de audiências públicas com 
representantes de todos os setores da educação envolvidos no projeto de 
ampliação dos dias letivos.
Durante a reunião, Haddad revelou que 
duas resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) motivam o MEC a 
tomar decisão sobre o tema. Uma trata de férias e recesso escolar nas 
unidades de educação infantil; outra autoriza aumento de 20% na carga 
horária do ensino médio noturno a ser oferecido de forma semipresencial.
 As resoluções do CNE aguardam homologação do ministro para entrar em 
vigor.
O ministro citou ainda um terceiro 
motivo — a aprovação, em maio deste ano, pela Comissão de Educação do 
Senado Federal, de projeto de lei que amplia a carga horária mínima para
 a educação infantil, o ensino fundamental e o médio, de 800 para 960 
horas anuais, distribuídas em no mínimo 200 dias letivos. O Projeto de 
Lei nº 388/2007, de autoria do senador Wilson Matos (PSDB-PR), está em 
análise na Câmara dos Deputados.
Segundo Haddad, todos os estudos mostram
 que 800 horas de aula são incompatíveis com a educação que queremos, 
mas é necessário discutir como fazer a mudança e em que prazo e se as 
redes públicas vão precisar de apoio federal. “O MEC não tem posição 
fechada, mas está aberto ao debate em busca do entendimento de como isso
 vai avançar”, disse.
Projetos — Presente à 
reunião, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), relator do tema na Comissão 
de Educação, considerou o debate positivo e disse que pretende ouvir 
experiências desenvolvidas no país em busca de convergências. Grade 
curricular, conteúdo pedagógico, número de horas são itens a ser levados
 em consideração, segundo Lelo, que reuniu em um único projeto dez 
propostas apresentadas por deputados entre 2005 e 2009.
Participam da reunião técnica, no 
Ministério da Educação, representantes da União Nacional dos Dirigentes 
Municipais de Educação (Undime), Conselho Nacional dos Secretários de 
Educação (Consed), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação 
(CNTE), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Campanha 
Nacional pelo Direito à Educação, de universidades públicas e de 
entidades de ensino e pesquisa.
O Colégio de Aplicação da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Colégio Santo Antonio, de Belo 
Horizonte (instituição particular) e a Secretaria de Educação de Diadema
 (SP) apresentaram experiências sobre jornada escolar e carga horária.
Autor: MEC
 
 
Não acredito que o fracasso da educação do nosso país é por falta de ampliação de carga horária ou de dias letivos. Tenho certeza que é consequência de inúmeros fatores,entre eles destacamos "a falta de compromisso das famílias com a educação dos filhos, a falta de perspectivas de futuro dos educandos, questão cultural das massas que não veem empregabilidade dos conhecimentos repassados pela escola, entre outos.
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