terça-feira, 31 de maio de 2011

Prazo para inscrição em cursos de qualificação do professor é prorrogado

Foi prorrogado até a próxima sexta-feira, 3 de junho, o prazo para que diretores de escolas públicas de educação básica inscrevam os professores de suas escolas em cursos de extensão ou aperfeiçoamento. Os professores, por sua vez, terão até o dia 5 de junho, domingo, para confirmar o seu interesse em realizar o curso. Após esse prazo, as secretarias de educação devem validar as pré-inscrições dos educadores até o dia 16 de junho.

São mais de 86 mil vagas em extensões das mais variadas áreas. Todos os estados têm cursos disponíveis, cuja inscrição, gratuita, é feita pela Plataforma Freire, sistema desenvolvido pelo MEC por meio do qual o professor se inscreve em diversos cursos. A formação, também gratuita, é feita no horário de trabalho do docente, sem aumentar a sua carga horária.

A partir de 18 de junho, a lista dos docentes inscritos em cursos de extensão ou aperfeiçoamento estará disponível na página eletrônica da Plataforma Freire. A lista com os cursos oferecidos em cada estado está disponível na plataforma.


(MEC)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Campanha de valorização do professor ganha página na web

Objetivo é agregar vídeos e conteúdo sobre a importância do magistério

 

Campanha de valorização do professor ganha página na web
O movimento Todos Pela Educação lançou, nesta segunda-feira (30), uma página com os vídeos, spots, jingles e anúncios da campanha "Um bom professor, um bom começo", que pretende destacar a importância do magistério. Os depoimentos de internautas no Twitter, com a hashtag "#1bomprofessormeensinou" também ficarão expostos no site.
 
 Acesse a página da campanha de valorização do professor aqui
“O objetivo é a valorização do bom professor, aquele que tem o foco no aprendizado de seus alunos e que, assim, contribui efetivamente para a melhoria da qualidade da Educação no Brasil”, afirma Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento.
Mas qual deve ser a maneira para valorizar os bons professores? Para Mozart Neves Ramos, conselheiro do movimento, essa valorização passa necessariamente por quatro eixos: “salário inicial atraente, plano de carreira, formação inicial e continuada e boas condições de trabalho”.
“Sem bons professores não teremos bons médicos, bons economistas, bons engenheiros e nem mesmo outros bons professores. Valorizar os bons professores é uma lição de casa que todos nós precisamos fazer”, diz Mozart.
Conceito da campanha
A campanha foi produzida pela DM9DDB, do grupo ABC e é composta por uma animação em stop motion para TV, anúncios para jornais e revistas, banners para internet e spots de rádio.
A animação e as peças da campanha seguem o mesmo conceito: em todas as conquistas, sejam elas grandes ou pequenas, existe a figura e o suporte de um bom professor em algum momento.
“Para traduzir a importância do ensino de uma forma lúdica, criamos anúncios que conversam com todos os públicos, passando por alunos, pais e professores, mostrando como o bom professor é essencial para formar um bom aluno”, comenta André Pedroso, diretor de criação.

Fonte: Redação do Todos Pela Educação

domingo, 29 de maio de 2011

A pior coisa



Amyr Klink
A pior coisa que pode acontecer na vida de uma pessoa não é quando seu projeto não dá certo,
 seu plano de ação não funciona 
ou quando a sua viagem termina no lugar errado.
O pior é não começar. Esse é o maior naufrágio.

Com quem se parecem os anjos

Com aquela velhinha que devolveu sua carteira outro dia?
Com aquele motorista que disse que seus olhos iluminam o mundo quando você sorri ?
Com aquela criancinha que lhe mostrou a maravilha das coisas simples?
Com aquele homem pobre que lhe agradeceu a esmola com o olhar mais grato possível?
Com aquele homem rico que lhe mostrou que tudo é possível se você apenas acreditar?
Com aquele estranho que apareceu bem na hora em que você estava perdido?
Com aquele amigo que lhe tocou o coração quando você pensava que não tinha amigos para ajudá-lo?
Com o sorriso de bom dia dado por algum desconhecido?
Os anjos aparecem em todos os tamanhos e formas, todas as idades e tipos de peles.
Alguns têm sardas, outros têm covinhas....
Alguns têm rugas e outros não.....
Eles aparecem disfarçados como amigos, inimigos, professores, estudantes, amantes e tolos....
Eles não levam a vida seriamente e conseguem ser muito leves.
Eles não deixam endereços e nada pedem em retorno.
Às vezes usam chinelos, não mostram as asas.
Outras vezes pedem para lavar e passar..
Eles são difíceis de achar quando seus olhos estão fechados.
Mas estão em toda parte quando você escolher vê-los.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Especialista indica livros prazerosos para novos leitores

Livro incentiva professor a realizar importante tarefa de formar leitores


Uma das principais tarefas de Maria Helena Zancan Frantz é divulgar a importância dos livros na formação das crianças.

Seu livro "A Literatura nas Séries Iniciais" é uma conversa franca com pais e educadores sobre a necessidade de apresentar e instigar a convivência deles com diferentes histórias que atingem e atiçam o imaginário infantil.
O discurso parece pronto e repetitivo, mas a especialista busca outros meios de exemplificar o sucesso e os ganhos quando a criança começa a desenvolver uma relação mais próxima com a linguagem.
"A formação do leitor é uma das principais tarefas da escola atual. No mundo letrado em que vivemos, a leitura é o maior suporte da aprendizagem, sendo a competência linguística fator fundamental para a aprendizagem em todas as áreas do conhecimento", destaca o livro.
"A Literatura nas Séries Iniciais" debate na primeira parte os aspectos referentes à leitura e à literatura. Em seguida, a autora traz exemplos de trabalhos realizados com o ensino da literatura infantil nas diferentes séries, assim como por meio de oficinas, minicursos e palestras.
"No mundo letrado em que vivemos, a leitura é o maior suporte da aprendizagem"
"No mundo letrado em que vivemos, a leitura é o maior suporte da aprendizagem" Maria Helena também destaca os gêneros do conto de fadas, as adaptações, poesias infantis e narrativas contemporâneas para sugerir trabalhos, e as riquezas que cada um pode render dentro da sala de aula e dentro da cabecinha dos alunos.
O final do livro reserva algumas páginas com indicações de obras interessantes para serem trabalhadas pelos professores. Algumas das sugestões, inevitavelmente repetem títulos outras vezes comentados, enquanto outras apresentam narrativas novas e que merecem ser exploradas. 


Fonte: da Livraria da Folha

XI Seminário de Cultura Popular


Estão abertas as inscrições para o XI Seminário de Cultura Popular, que acontece nos dias 15 e 16 de junho no Teatro Municipal Dix-Huit Rosado. O evento, parte da programação do Mossoró Cidade Junina, é uma promoção da Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria de Cidadania e Gerência Executiva da Educação.

Os debates deste ano serão feitos em torno do tema “Música Nordestina”. Na quarta-feira (15/06) a programação será iniciada às 19h, com a palestra “A relevância da obra de Luiz Gonzaga na composição do cancioneiro popular nordestino” ministrada pelo maestro da Orquestra Sanfônica de Mossoró, Cláudio Henrique Pereira de Araújo. As atividades da noite serão encerradas pela apresentação da Orquestra Sanfônica da cidade.


No segundo dia, às 19h, o escritor Kyldemir Dantas palestra sobre “A influência de Luiz Gonzaga para a consolidação do forró como gênero musical – do forró pé de serra ao forró eletrônico”. O Seminário de Cultura Popular será encerrado com apresentação artística de Caçula Benevides.


São oferecidas 700 vagas e as inscrições serão realizadas exclusivamente pela internet. O cadastro pode ser feito através link http://www.prefeiturademossoro.com.br/ixseminario.php. É importante ressaltar que o número de vagas é limitado e o sistema encerrará as inscrições quando o total for atingido. O participante deve imprimir o comprovante da inscrição e apresentar na portaria no dia do evento, pois ele servirá como credencial.

Fonte: http://www.prefeiturademossoro.com.br/


terça-feira, 24 de maio de 2011

Cursos para docentes recebem inscrições até o domingo, 29

Os diretores de escolas públicas de educação básica têm até o próximo domingo, 29, para inscrever os professores de suas escolas em cursos de extensão ou aperfeiçoamento. São mais de 86 mil vagas em cursos das mais variadas áreas, que vão desde o ensino de artes e educação física até formação de mediadores de leitura na biodiversidade. Todos os estados têm cursos disponíveis, cuja inscrição é feita pela Plataforma Freire.

A formação é gratuita e deve ser feita dentro da rotina escolar do docente, ou seja, sem aumentar a sua carga horária.  “Esses cursos de formação continuada são um direito do professor. É neste espaço que ele vai refletir a sua prática e desenvolver uma maior consciência sobre o dia a dia da escola”, explicou a secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda.

Depois de o diretor da escola inscrever o professor, o próprio docente terá que confirmar a sua inscrição. Também por meio da Plataforma Freire, ele terá o prazo de 23 de maio a 5 de junho para confirmar o seu interesse em ingressar no curso. Só depois disso a inscrição é validada. A partir do dia 18 de junho, a lista dos docentes inscritos em cursos de extensão ou aperfeiçoamento estará disponível na página eletrônica da Plataforma Freire.

“O MEC tem feito um esforço enorme de articulação com as universidades e secretarias estaduais e municipais de educação para oferecer esta formação”, destacou Maria do Pilar. A lista com os cursos oferecidos em cada estado está disponível na plataforma.

Fonte: Portal do MEC
Por Ana Guimarães

Acesse a Plataforma Freire

Bullying: das brincadeiras à violência


por Cléo Fante
Cléo Fante é pesquisadora pioneira do bullying escolar no país e consultora da ONG Plan Brasil.

Todos nós já fomos crianças um dia. Quem não se recorda das brincadeiras que nos faziam rir e às vezes chorar de raiva ou de vergonha? Sem graça, inconvenientes, inconsequentes, maldosas. Mas tudo não passava de brincadeira.

As brincadeiras fazem parte das relações; aproximam, integram, incluem. Entre os estudantes, são essas brincadeiras que tornam o ambiente escolar divertido e descontraído, que estimulam a frequência, a permanência, o desempenho, a aprendizagem, o gostar da escola.

No entanto, quando as brincadeiras perdem a essência da espontaneidade, da diversão e do prazer podem se converter em violência. Nesse ponto é que está o sinal de alerta. Existe uma linha muito tênue entre brincadeira e violência. Na brincadeira deve existir um equilíbrio entre as partes e todos se divertem, se descontraem, participam. Quando há desequilíbrio, onde uma parte se diverte e a outra é constrangida, humilhada, intimidada, a brincadeira acabou e aí começa a violência.

Assim como as brincadeiras são parte das relações, pode-se dizer que a violência de igual modo. Quem não se recorda de cenas de violência envolvendo familiares, vizinhos, amigos ou a si mesmo.

A violência é cruel, machuca, faz sofrer. Ao longo dos tempos foi se instalando sorrateiramente em nosso cotidiano. Faz parte de nossas vidas, de nossas histórias. Está presente em todos os contextos sociais, nas relações entre adultos,  destes com as crianças e vice-versa.

Infelizmente, entre as crianças se torna cada vez mais visível, em especial no contexto escolar. Dentre as formas de violências que ocorrem entre os estudantes, há uma que desperta a atenção e o interesse de estudiosos de todo o mundo, o bullying.

O bullying é uma forma de violência que ocorre na relação entre pares, sendo mais comum entre os estudantes. É definido como um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotadas por um indivíduo contra outro(s), sem motivos evidentes, causando dor e sofrimento e dentro de uma relação desigual de poder, o que possibilita a intimidação.

É um fenômeno antigo, tanto quanto a própria instituição escola. No entanto, seus efeitos ao longo do tempo foram ignorados, por ser interpretado como brincadeiras da idade.

O bullying não pode ser confundido com brincadeira. É violência gratuita e intencional. É marcado por um jogo de poder, onde os mais fortes – do ponto de vista físico, emocional, econômico, social – convertem os mais fracos – sob os mesmos pontos de vista - em objetos de diversão e prazer.

O autor de bullying é movido pelo desejo de popularidade, aceitação, status de poder no grupo social. Para isso, submete aquele que elegeu como “bode expiatório” à situação de inferioridade, ao escárnio público na escola ou na internet, ao psicoterrorismo. Humilha, constrange, difama, intimida, persegue, amedronta. Quanto mais atormenta a vida do outro, mais cresce a sua popularidade. Torna-se temido e muitas vezes respeitado entre os colegas de escola e/ou fora dela.

Geralmente, escolhe aquele que não oferece resistência, o vulnerável, o mais fraco, o menor, o que tem poucos ou nenhum amigo. As vítimas potenciais são os que apresentam exacerbada timidez, introspecção, dificuldade relacional, diferenças individuais positivas ou negativas, dificuldade de se impor e de se defender.

Suas ações são validadas por muitos que assistem e acabam por participar - direta ou indiretamente -, como espectadores ativos, passivos ou omissos.

É claro que há os que não concordam com o comportamento negativo dos colegas, tentam defender as vítimas, mas nem sempre conseguem. Outros se divertem com a intimidação e o sofrimento alheio. Há, ainda, os que se omitem temendo ser eleitos como próximos alvos dos maus tratos.

A vítima acuada, na maioria dos casos, sofre em silêncio. Por medo de represálias ou da incompreensão dos adultos ou dos colegas, da vergonha de se expor ainda mais ou de não sobrecarregar os familiares com mais problemas. Carrega consigo a dor, a vergonha, a raiva, tanto daqueles que a fazem sofrer como de si mesma, por não saber o que fazer.

Os efeitos do bullying afetam a todos, em especial às vítimas, que poderão ter seu processo de desenvolvimento comprometido. Dependendo da gravidade da exposição e temporalidade, as sequelas podem acompanhá-las além do período acadêmico. Poderão se tornar adultos inseguros, tensos, agressivos, deprimidos, com dificuldades relacionais e afetivas. Poderão desenvolver transtornos e doenças de fundo emocional, adotar condutas ofensivas, reproduzir o sofrido em outros contextos, como o laboral e familiar.

Em alguns casos, o bullying está associado aos massacres que ocorreram em escolas, com maior incidência nos Estados Unidos. No Brasil, as tragédias em Taiuva (SP, 2003), Remanso (BA, 2004) e Realengo (RJ, 2010) retratam as sequelas do bullying.

Durante anos os protagonistas de tais tragédias foram alvos de deboches, humilhações e perseguições gratuitas por serem diferentes dos demais. Ressentimentos foram ao longo do tempo represados, pensamentos de vingança foram se cristalizando, problemas foram se acumulando. Um componente sozinho não é capaz de produzir tanto efeito, mas a junção de fatores, emocionais, familiares, econômicos, sociais, laborais, associada ao bullying é.

Obviamente nem todas as vítimas de bullying chegarão ao trágico desfecho de matar e matar-se. Há os que sofrem, os que enfrentam, os que superam. Há os adultos que, quando instrumentalizados, oferecem apoio, segurança e auxílio às vítimas e autores. Isso é imprescindível.

Por outro lado, obviamente, que nem tudo o que acontece na escola é bullying. Há provocação, desavença, briga, conflito, indisciplina, desrespeito, incivilidade. Existe uma gama de situações que ocorrem entre os estudantes. O que vejo é certo exagero por parte de muitos adultos, que tentam explicar o bullying de forma precipitada e equivocada, o que tende a banalizar e alarmar a sociedade.

Muitas escolas, equivocadamente, estão querendo acabar com as brincadeiras. As crianças estão sendo constantemente observadas, advertidas, engessadas. As brincadeiras, mesmo as agressivas, inconvenientes ou inconsequentes, fazem parte das relações. Deixem as crianças brincarem. Os adultos devem observar à distância e quando as brincadeiras perderem sua essência é que devem intervir.

Afinal, brincar é direito de crianças e adolescentes que deve ser preservado. O que não se pode permitir é a ocorrência de bullying. Todos devemos velar pelos direitos de crianças e adolescentes. Punir ou criminalizar não é a solução. Prevenir é melhor do que remediar, diz o velho ditado.

domingo, 22 de maio de 2011

Alunos copistas, ou a arte de escrever sem saber ler

Problema é uma nova face do analfabetismo funcional, que chega a atingir um terço da população do Brasil

Foi no 4ª ano do fundamental que Vanderson Washington da Silva aprendeu a ler e a escrever. Até ali, o jovem morador de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, era um aluno copista: só copiava no caderno o que via no quadro - letras que, para ele, foram por muito tempo desenhos sem significado. O problema dos alunos copistas é um exemplo recente do analfabetismo funcional, que no país atinge um terço da população. Dos que aprenderam a ler e escrever mais tarde, entre 9 e 14anos - característica do copista -, só 13% se tornaram plenamente alfabetizados, apontam dados inéditos calculados pelo Instituto Paulo Montenegro a pedido do GLOBO, sobre jovens de 15 a 24 anos das nove principais regiões metropolitanas do país.
Se a definição mais conhecida de analfabeto funcional é quem lê, mas não interpreta um texto, com o copista é pior: como só copia, não sabe que o "a" que escreveu, por exemplo, é um "a".
-São crianças que não se apropriam do significado das palavras. Mas vão galgando as séries porque, como copiam, conseguem cumprir algumas tarefas em sala - diz Marilene Proença, professora da USP e integrante da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional.
Mostrando como o estudo sobre o copista é relativamente recente, é de 2007 uma das primeiras pesquisas sobre o tema, uma dissertação de Giuliana Temple na USP, orientada por Marilene Proença, com copistas da rede estadual paulista. O GLOBO teve contato com o problema dos copistas meses atrás, em reportagem sobre outro tema em Saracuruna, ao conversar com Marilene Silva, professora que coordena uma creche comunitária na área, a Santa Terezinha. Além de creche, ela oferece reforço gratuito a alunos da região. Foi lá que Vanderson se alfabetizou.
-No colégio, a professora passava no quadro, eu copiava, copiava, mas não entendia nada, não - diz o menino, que sonha ser "dono de empresa".
"Chegam aqui sem conhecer o alfabeto"
Também recebem apoio na Santa Terezinha os irmãos Keteley e Erick do Nascimento, na mesma sala de reforço de Jéssica da Silva e Douglas Ribeiro. Estudam na região, no Ciep 318 e na Escola Municipal Marcílio Dias.
- Na escola, estão em anos que seriam as antigas 1a-, 2a-, 3a- e 4a- séries. Chegam aqui sem conhecer o alfabeto. Às vezes, nem números - diz a aluna do ensino médio Cristiane Mattos, que, dando aula na Santa Terezinha, é a alfabetizadora das crianças.
No Piauí, Weldey Frankin, 14 anos, está matriculado no 3o- ano do fundamental em Chapadinha Sul, zona rural de Teresina. Mas não sabe ler. Mudo, não passou por escola especial. Segundo a irmã, Amanda, "é ótimo desenhista". Desenha as letras dos livros. "Na hora de ele responder os exercícios, aponto as respostas no livro e ele copia", diz a irmã.
- Já peguei um caderno de um aluno da 7a- série, de um colégio municipal de Porto Alegre, com tudo copiado corretamente. E ele não sabia ler. Era um artista! - conta Esther Grossi, ex-secretária de Educação de Porto Alegre e ex-deputada, presidente do Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (Geempa), que atua com correção de fluxo escolar.
- O aluno copista é forte candidato a ser um analfabeto funcional ao longo da vida -diz Ana Lúcia Lima, diretora-executiva do Instituto Paulo Montenegro, que desde 2001 calcula o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf). - Ele tem grande risco de se tornar o chamado alfabetizado rudimentar: reconhece algumas palavras, escreve um bilhete, dá um troco, e pronto.
Dois dos principais motivos apontados para o analfabetismo funcional são alfabetização tardia e baixa escolaridade dos pais. Segundo dados inéditos do Instituto Paulo Montenegro, sobre jovens das Regiões Metropolitanas, entre os alfabetizados plenos, 90% aprenderam a ler até os 8 anos. Quando o pai ou a mãe tem o fundamental, cerca de 69% dos filhos são analfabetos funcionais ou alfabetizados em nível básico. Mas, quando o pai ou a mãe tem nível superior, até 75% são alfabetizados plenos.
O peso da educação dos pais na dos filhos é mostrado ainda por dados do Pnud sobre jovens na América Latina. Quando os pais têm nível secundário, os filhos têm 5,4% de chance de chegar à universidade; já quando os pais têm nível universitário, os filhos têm 71,6% de chance de ir à faculdade. O pai de Vanderson, Jorge Salindo, estudou até a antiga 5ª série; teve de ir "trabalhar em obra para ajudar em casa".
No caso do copista, haveria mais um motivo: um sistema de ciclos ou progressão continuada malfeito. Aí, o aluno, mesmo só copiando, avança nas séries sem repetir. São em escolas com ciclo - prática que se intensificou no país a partir dos anos 1990 - que estudavam os copistas do estudo da USP e os que precisam do reforço da Santa Terezinha. Marilene Proença diz que o ciclo "é política cara", que requer ações como reforço e contraturno. Para Esther Grossi, o copista "é um fenômeno dos ciclos".
A Secretaria estadual de Educação de São Paulo informou que oferece "o Projeto Intensivo de Ciclo, que possibilita recuperação da aprendizagem de leitura e escrita por turmas especiais". Secretária de Educação de Duque de Caxias, Roseli Duarte diz que a rede tem um programa de apoio com contraturnos.
- Não podemos aceitar a existência de alunos copistas. Mas os ciclos são uma resposta à repetência, que, além de levar à evasão, nos anos iniciais causa a distorção idade série - diz a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar.
- Temos de pensar é em ações como educação integral, que já há em 15 mil escolas, e em qualificar os professores de alfabetização, com projetos como o Pró-Letramento, que já atingiu 300 mil professores.

Fonte: O Globo (RJ)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Projeto Escola Sem Homofobia

Se vivemos em uma sociedade democrática, se lutamos pelas garantias dos direitos de todos(as) os(as) cidadãos(ãs), não resta dúvida que há muito a ser feito para diminuir a homo/lesbo/transfobia. Nesse sentido a escola é um espaço privilegiado por sua missão educativa, civilizatória e ética, podendo influenciar positivamente no processo de desconstrução de verdades pré estabelecidas. Inúmeros trabalhos estão sendo realizados nessa área e nesse sentido é importante destacar as recomendações aprovadas na Conferência Nacional de Educação Básica em relação à diversidade sexual, dentre as quais citamos:

• Evitar discriminações de gênero e diversidade sexual em livros didáticos e paradidáticos utilizados nas escolas;
• Ter programas de formação inicial e continuada em sexualidade e diversidade;
• Promover a cultura do reconhecimento da diversidade de gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar;
• Evitar o uso de linguagem sexista, homofóbica e discriminatória em material didático-pedagógico;
• Inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas.

É neste contexto que o projeto Escola sem Homofobia se situa. Vem para contribuir para a implementação e a efetivação de ações que promovam ambientes políticos e sociais favoráveis à garantia dos direitos humanos e da respeitabilidade das orientações sexuais e identidade de gênero no âmbito escolar brasileiro. Essa contribuição se traduz em subsídios para a incorporação e a institucionalização de programas de enfrentamento à homo/lesbo/transfobia na escola, os quais pretendemos que façam parte dos projetos político-pedagógicos das instituições de ensino médio do Brasil.

O projeto foi apoiado pelo Ministério da Educação/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (MEC/SECAD) e planejado e executado em parceria com a Global Alliance for LGBT Education – GALE e as organizações não governamentais Pathfinder do Brasil (coordenadora do projeto), ECOS – Comunicação em Sexualidade, Reprolatina – Soluções Inovadoras em Saúde Sexual e a ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Todas as etapas de seu planejamento e execução foram amplamente discutidas e acompanhadas pelo MEC/SECAD.



Para alcançar o objetivo previsto a equipe do projeto atuou em duas frentes:

1) Elaborou um conjunto de recomendações visando a orientação da revisão, formulação e implementação de políticas públicas que enfoquem a questão da homo/lesbo/transfobia nos processos gerenciais e técnicos do sistema educacional público brasileiro, que se baseou nos resultados de duas atividades:
• Realização de 5 seminários, um em cada região do país, com a participação de profissionais de educação, gestores e representantes da sociedade civil, para obter um perfil da situação da homofobia na escola, a partir da realidade cotidiana dos envolvidos.
• Realização de uma pesquisa qualitativa sobre homofobia na comunidade escolar em 11 capitais das 5 regiões do país, envolvendo 1412 participantes, entre secretários(as) de saúde, gestores(as) de escolas, professores(as), estudantes e outros integrantes das comunidades escolares.

2) Criou uma estratégia de comunicação para trabalhar a homo/lesbo/transexualidade de forma objetiva e consistente em contextos educativos com o objetivo de repercutir nos valores culturais atuais. A estratégia compreendeu:
• Criação de um kit de material educativo abordando aspectos da homo/lesbo/transfobia no ambiente escolar, direcionado para gestores(as), educadores(as), estudantes.
Capacitação de profissionais da educação e de representantes do movimento LGBT de todos os estados do país nos conceitos principais referentes ao enfrentamento da homo/lesbo/transfobia e para a utilização apropriada do kit junto à comunidade escolar.

A ECOS ficou responsável pela criação do kit de material educativo e da metodologia/conteúdo da capacitação, pela preparação da equipe de capacitadoras(es) e por ministrar a capacitação.

Para saber mais sobre o kit, clique aqui.
Para saber mais sobre a capacitação, clique aqui.


Fonte: ECOS

Cursos para professor recebem inscrições até dia 29 de maio

Diretores das escolas públicas podem indicar, até 29 de maio, os professores de sua unidade escolar nos cursos de extensão e de aperfeiçoamento oferecidos por meio da Plataforma Freire. 

A formação é uma parceria entre a Secretaria de Educação Básica (SEB), a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e a Secretaria de Educação Especial (Seesp) com instituições públicas de ensino superior, e atenderá professores de todos os entes da federação.

A Plataforma Freire é um sistema desenvolvido pelo MEC por meio do qual o professor se inscreve em cursos oferecidos pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, com o objetivo de adequar a sua graduação. 

Entre as opções disponíveis para os professores estão os cursos de formação continuada em educação ambiental, ensino integral, educação e saúde e relações etnorraciais e diversidade no ambiente escolar. No total, serão oferecidas 89.733 vagas em um total de 1.357 cursos, divididos entre presenciais, semipresenciais e a distância, todos com duração de até 300 horas.

Somente poderão ser indicados professores que tenham sido registrados como educadores em efetivo exercício no Censo Escolar 2009 ou 2010. O professor que já tenha se pré-inscrito em curso de formação inicial também não poderá se inscrever nos cursos de extensão e aperfeiçoamento. 

Os professores indicados devem acessar a plataforma e confirmar o seu interesse em realizar a formação entre os dias 23 de maio e 5 de junho. Após esse prazo, as secretarias de educação devem validar as pré-inscrições dos educadores até o dia 16 de junho.

Mais informações sobre o processo de inscrição dos cursos de formação continuada podem ser obtidas no portal daPlataforma Freire



Fonte: Portal do MEC.
Muito além da denúncia  - Portal Pró-Menino

domingo, 15 de maio de 2011

Inep divulga cronograma de execução do Censo Escolar da Educação Básica de 2011

A partir do dia 25 de maio, o Inep dará início à coleta dos dados educacionais do ensino básico. Informações sobre escolas, alunos e professores de todas as etapas e modalidades da educação básica do país serão coletadas via Internet, por meio do sistema Educacenso (http://educacenso.inep.gov.br). Os gestores escolares terão até o dia 14 de agosto para preencher e enviar as informações . Em setembro, os dados preliminares serão publicados no Diário Oficial da União e o sistema será reaberto por um período de 30 dias para conferências e eventuais correções.
 

Os dados fornecidos pelas escolas terão como data de referência o dia 25 de maio, considerado o Dia Nacional do Censo Escolar da Educação Básica. O formulário do Censo Escolar coleta informações de quatro categorias: aluno, docente, escola e turma.

De modo geral, as mesmas questões são respondidas todos os anos, mas o questionário pode ser atualizado para melhor atender às necessidades da sociedade. Por isso, entre as mudanças de 2011, o Censo recolherá informações sobre os profissionais tradutores intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), acatando uma solicitação da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação (Seesp/MEC). A situação das quadras de esportes dos estabelecimentos de ensino – se têm ou não cobertura - também será coletada, para auxiliar a execução do Programa de Construção e Cobertura de Quadras Esportivas Escolares, ação do segundo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 2).


O Censo Escolar é o mais completo levantamento estatístico sobre a educação básica do Brasil. Desde 1991, ele é realizado anualmente pelo Inep. Os dados coletados são utilizados como subsídios para o planejamento e definição das políticas educacionais desenvolvidas pelo Ministério da Educação, bem como para o repasse dos recursos destinados às escolas. As informações declaradas também são usadas na composição das médias do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referência para as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
 
Fonte: Inep/MEC

Prêmio Inovação em Gestão Educacional

No período de 3 de maio até o dia 3 de julho, os municípios terão a oportunidade de inscrever suas experiências inovadoras em educação para concorrerem ao Prêmio Inovação em Gestão Educacional, que em 2011 chega a sua terceira edição. Os dez projetos vencedores terão, entre outros prêmios, um financiamento para capacitação dos dirigentes municipais. As inscrições serão feitas somente pela internet no endereço http://laboratorio.inep.gov.br.

Para participar do Prêmio Inovação, as experiências desenvolvidas pelos municípios devem estar em vigência e já apresentar resultado por meio de indicadores. Elas devem ser desenvolvidas pelos órgãos gestores de educação municipal e encaminhadas pelo respectivo dirigente municipal de educação até o dia 3 de julho, data em que deverá ter, no mínimo, 18 meses de implementação.


Fonte: http://www.inep.gov.br

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Prova nacional de professores será feita em agosto de 2012

A primeira edição da Prova Nacional de Concurso para Ingresso na Carreira Docentes será realizada em agosto de 2012. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela aplicação. O objetivo do exame é ajudar Estados e municípios na seleção de professores para trabalhar nas redes públicas.

A proposta foi anunciada no ano passado pelo Ministério da Educação (MEC), a partir do diagnóstico de que os concursos para professores da rede pública eram, em geral, mal elaborados. O modelo que está sendo desenvolvido assemelha-se ao do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O professor interessado participa da prova e, de posse da nota, poderá ser selecionado para trabalhar nas redes de ensino dos Estados e municípios que aderirem à proposta. A previsão é que os resultados sejam divulgados em janeiro de 2013.

Um comitê de governança está concluindo a matriz de referência que irá indicar quais conteúdos e habilidades serão cobrados do candidato. O grupo é formado por representantes do Inep, do MEC, do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e de entidades de pesquisa em educação como a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (Anped).

De acordo com a matriz proposta pelo Inep, a prova vai avaliar o profissional a partir de três dimensões: profissão docente e cidadania, trabalho pedagógico e domínio dos conteúdos curriculares. Serão exigidos conhecimentos em temas como políticas educacionais, gestão do trabalho pedagógico, além do domínio dos conteúdos como língua portuguesa, matemática, história e artes.

A previsão é de que o documento seja concluído até o início do segundo semestre. Em seguida, o Inep abrirá uma chamada pública para convocar especialistas interessados em elaborar itens para o exame.

(Agência Brasil)

Apesar de essenciais, professores brasileiros são desprestigiados

Na série especial de reportagens que o Jornal Nacional apresenta sobre a educação, nesta quinta-feira, você vai ver uma análise da situação dos professores. Da pré-escola ao ensino superior, são hoje 2,3 milhões no país. É uma profissão essencial. E, mesmo assim, uma das mais desprestigiadas.

Na sala de aula, muitos querem fazer administração e quase metade, direito. Quem quer ser professor? Apenas um, dois.


“Eu não vejo futuro, eu acho que é uma carreira que não me satisfaria financeiramente também”, contou a aluna Luana Gallo, de 17 anos.


“Ser professor hoje no Brasil, infelizmente, não compensa”, disse Gustavo Lovatto, de 17 anos.


O desinteresse pela profissão é mais do que um sintoma de crise. É uma ameaça ao futuro. “É uma pena porque o professor é tudo em um país”, destacou um deles.


“Só existem as outras profissões porque existe o professor”, lembrou uma professora.


Nas faculdades de pedagogia e nas que formam professores da educação básica, os números confirmam o desprestígio.


Em quatro anos, caiu pela metade a quantidade de formandos. Houve redução também nos cursos de licenciatura, que formam professores de disciplinas específicas.


Quem é esse aluno que no futuro deseja trocar de posição na sala de aula? Uma pesquisa mostra que quase metade dos estudantes de pedagogia veio de famílias de baixa renda e a mãe só fez até a quarta série. E 80% estudaram em escolas públicas.


“Enquanto você não conseguir trazer o jovem motivado e bem qualificado para a carreira de professor, você não consegue fazer um salto na educação”, afirmou a diretora do Instituto Paulo Montenegro, Ana Lucia Lima.


Para que os alunos de fato aprendam, é fundamental que, além de dominar o conteúdo, o professor saiba como ensinar. Parece óbvio, mas em muitos casos, falta esse preparo. Em um mundo onde os alunos têm cada vez mais acesso à informação, é preciso inovar para tornar as aulas mais atraentes


Muitas vezes, ideias simples bastam para chamar a atenção. Investir em qualificação de quem já está no mercado tem sido uma preocupação em vários estados, uma oportunidade que nem todos conseguem aproveitar.


“Eu sei que o estado oferece, mas eu não tenho tempo. Eu ensino em duas escolas particulares e em uma escola da rede municipal e mais essa escola que é da rede estadual. De manhã, de tarde e à noite”, disse a professora de ciências e biologia Daniella Barbosa.


É a rotina de muitos professores para driblar os baixos salários. No Brasil, a lei fixa um salário inicial de R$ 1.187 para 40 horas de trabalho por semana. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a remuneração é bem menor. Na prática, em todo o país, muitos professores recebem menos do que o piso.


O Ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que há R$ 10 bilhões por ano para reestruturar a carreira dos professores. “O professor ganha no Brasil, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior. Uma das metas do Plano Nacional de Educação é superar essa distância”.


Plano que o Brasil traçou para alcançar em 2020. Formado na Universidade de São Paulo, uma das mais prestigiadas do país, o professor de filosofia Eduardo Amaral ganha R$ 1.100 por mês. Tem 650 alunos em 23 turmas.


“Você não tem tempo de corrigir adequadamente os trabalhos, de dar um retorno para os alunos. Você acaba comprometendo todo o processo pedagógico”, contou.


A lei diz que um terço da jornada deve ser reservada para preparação das aulas e correção das provas, determinação que vem sendo contestada na Justiça só é realidade em seis estados, segundo um levantamento divulgado pela categoria.


Como temporária, Cristina recebe apenas pelo trabalho dentro da sala de aula. “Não tem horário para fazer planejamento não. Cada um faz no horário que der, final de semana, à noite, quando dá”, disse.


A falta de horizonte na carreira e as condições de trabalho são outros entraves. Em Alagoas, por falta do diário de classe, a frequencia dos alunos é anotada no caderno, tarefa que terá de ser refeita. No Piauí, onde a temperatura passa de 40°C, é difícil manter a concentração dos alunos com ventiladores quebrados.


São muitos os professores que tiram do próprio bolso para garantir o ensino. “Compro meus lápis, tudo de reserva. Você fala: ‘Não tenho’. ‘Então, está aqui’. ‘Não tenho no meu caderno’, ‘Então está aqui uma folha de papel, vamos escrever!’ Quando eu vejo uma criança lendo as primeiras palavras, eu derreto toda eu fico muito feliz!”, contou a professora do 1º ano Joana Teixeira.


A relação com o professor, que nos primeiros anos de escola é mais afetiva, muda com o passar do tempo. “Eu tenho alunos que falam: ‘Eu só venho porque minha mãe me obriga, eu não quero vir’. Um aluno que chega assim fica muito mais difícil de aprender”, destacou a professora Adriana Martins.


“Tem muito professor desestimulado que reflete em desestímulo ao aluno e tem o aluno que não tem a perspectiva de aprender dentro da escola e isso desestimula o professor”, afirmou um deles.


A fórmula para quebrar esse círculo vicioso combina investimento e cobrança de resultados. “Tem que deixar muito claro o que ele tem que fazer, qual é a meta que ele tem que atingir. Tem que ter um cenário mais claro para o professor”, disse a diretora do Todos pela Educação, Priscila Cruz.


Quem sabe assim, no futuro, mais brasileiros levem adiante o desejo de criança de ser professor.


(Jornal Nacional)


Fonte: Portal Aprendiz

Informações e textos do Concurso Causos do ECA




O 7º Concurso Causos do ECA é aberto ao público geral e também a empregados formais de qualquer uma das empresas do Grupo Telefônica, que concorrem separadamente. Por isso, contam com regulamentos, formulários de inscrições, processo seletivo e categorias distintas. Qualquer pessoa, de qualquer idade, pode participar. Antes de inscrever o seu causo, leia atentamente o regulamento do concurso. Não deixe também de conferir dicas de como contar uma boa história. 

Promovido pelo Portal Pró-Menino da Fundação Telefônica, o concurso Causos do ECA premia histórias verídicas que relatam como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ajudou a transformar a vida de crianças e adolescentes. Saiba mais

domingo, 8 de maio de 2011

Homenagem as mães - Por que as mães choram - Diálogo de filho com a mãe


"Por que você está chorando?" , perguntou o menino à sua mãe.
"Porque eu sou mãe" , ela respondeu.
"Eu não entendi " , ele disse.
Ela apenas o abraçou e sussurrou:
"Você nunca entenderá".
Mais tarde o menino perguntou ao pai porque as mães parecem chorar sem nenhuma aparente razão.
"Todas as mães choram sem motivo", foi o que o pai conseguiu responder.
O menino cresceu, tornou-se um homem e ainda tentava entender porque mães volta e meia estão chorando.
Após muitos anos, já em avançada idade, ele deixou o mundo.
Quando sua alma viu-se frente a frente com Deus, logo disse:
"Senhor, nunca entendi porque mães choram tão facilmente "
Disse Deus:
"Quando eu criei as mães tinha que ser algo especial."
Eu fiz seus ombros fortes o suficiente para carregar o peso do mundo e, ainda, suficientemente confortáveis para dar apoio.
Eu dei a elas a força para a hora do nascimento dos filhos e para suportar a rejeição que tantas vezes vem deles.
Eu dei a elas a fibra que permite a continuação da luta quando todos à sua volta já desistiram.
Dei-lhes a perseverança em proteger a família por entre doenças e tristezas sem jamais desistir de amar.
Dei-lhes a sensibilidade para amar seus filhos diante de quaisquer circunstâncias, mesmo que eles a tenham magoado profundamente.
Essa mesma sensibilidade as ajuda a silenciar o chorinho dos seus bebês, fazendo com que se acalmem e, quando adolescentes, que compartilhem com ela suas ansiedades e medos.
... E, finalmente, dei-lhes a lágrima para derramarem sem nenhuma razão aparente.
É sua única fraqueza.
Por que fiz isso?
Para não diferenciá-las por completo do restante da espécie humana ".
(Silvia Schmidt - Why Mothers Cry - Malcoln Robbins)