domingo, 11 de dezembro de 2011

Às Vezes

 
 
Deus costuma usar a solidão
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importância da vida.



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sou professor (Este texto merece ser lido)


John W. Schlatter


Sou professor.
Nasci no momento exato em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.
Fui muitas pessoas em muitos lugares.
Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas a descobrir novas idéias através de perguntas.
Sou Anne Sullivan, extraindo os segredos do universo da mão estendida de Helen Keller.
Sou Esopo e Hans Christian Andersen, revelando a verdade através de inúmeras histórias.
Sou Marva Collins, lutando pelo direito de toda a criança à Educação.
Sou Mary McCloud Bethune, construindo uma grande universidade para meu povo, utilizando caixotes de laranja como escrivaninhas.
Sou Bel Kauffman, lutando para colocar em prática o Up Down Staircase.
Os nomes daqueles que praticaram minha profissão soam como um corredor da fama para a humanidade...
Booker T. Washington, Buda, Confúcio, Ralph Waldo Emerson, Leo Buscaglia, Moisés e Jesus.
Sou também aqueles cujos nomes foram há muito esquecidos, mas cujas lições e o caráter serão sempre lembrados nas realizações de seus alunos.
Tenho chorado de alegria nos casamentos de ex-alunos, gargalhado de júbilo no nascimento de seus filhos e permanecido com a cabeça baixa de pesar e confusão ao lado de suas sepulturas cavadas cedo demais, para corpos jovens demais.
Ao longo de cada dia tenho sido solicitado como ator, amigo, enfermeiro e médico, treinador, descobridor de artigos perdidos, como o que empresta dinheiro, como motorista de táxi, psicólogo, pai substituto, vendedor, político e mantenedor da fé.
A despeito de mapas, gráficos, fórmulas, verbos, histórias e livros, não tenho tido, na verdade, nada o que ensinar, pois meus alunos têm apenas a si próprios para aprender, e eu sei que é preciso o mundo inteiro para dizer a alguém quem ele é.
Sou um paradoxo.
É quando falo alto que escuto mais.
Minhas maiores dádivas estão no que desejo receber agradecido de meus alunos.
Riqueza material não é um dos meus objetivos, mas sou um caçador de tesouros em tempo integral, em minha busca de novas oportunidades para que meus alunos usem seus talentos e em minha procura constante desses talentos que, às vezes, permanecem encobertos pela autoderrota.
Sou o mais afortunado entre todos os que labutam.
A um médico é permitido conduzir a vida num mágico momento.
A mim, é permitido ver que a vida renasce a cada dia com novas perguntas, idéias e amizades.
Um arquiteto sabe que, se construir com cuidado, sua estrutura poderá permanecer por séculos.
Um professor sabe que, se construir com amor e verdade, o que construir durará para sempre.
Sou um guerreiro, batalhando diariamente contra a pressão dos colegas, o negativismo, o medo, o conformismo, o preconceito, a ignorância e a apatia.
Mas tenho grandes aliados: Inteligência, Curiosidade, Apoio paterno, Individualidade, Criatividade, Fé, Amor e Riso, todos correm a tomar meu partido com apoio indômito.(...)
E assim, tenho um passado rico em memórias.
Tenho um presente de desafios, aventuras e divertimento, porque a mim é permitido passar meus dias com o futuro.
Sou professor... e agradeço a Deus por isso todos os dias.